quinta-feira, 24 de abril de 2014

chinelo velho pro pé cansado

Extremamente cansada, entediada... sei lá, às vezes dá esse bode... descobri que preciso de aventura, todo dia... a rotina tá me matando...

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Welcome to the jungle

My car gone wild! Rodinha do meu escort atrás da cerca viva... é... esse possante me dá muita encrenca, mas muita alegria também...

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Por que não quero viver de música



Eu NUNCA pensei em viver de música... Por viver de música, entenda-se: trabalhar como musicista e sustentar meu lar com essa profissão. Eu também nunca pensei em ser famosa - tá bom, dizer nunca é meio pesado nesse caso: claro que todo mundo que toca um instrumento já parou na frente do espelho e se imaginou num grande concerto no Maracanã para milhares de pessoas...
Quero dizer é que nunca pensei em seguir carreira como musicista, é isso que quero dizer.  Já pensei em ser estilista, designer, fotógrafa, engenheira de áudio, cineasta... mas nunca pensei em ser musicista. Porque a música simplesmente não é uma profissão pra mim: é uma coisa que ESTÁ em mim. Desde sempre. Não dá pra fical almejando ser uma coisa que sempre fui. Explico: Desde que me lembro, e me lembro de muita coisa, desde meus três anos de idade, a música provoca algo em mim que não sei explicar. E acho que nunca saberei.
O problema é que sou meio burrinha para teoria musical, e nunca tive incentivo da família para aprender, por isso demorei, demorei... mas finalmente montei minha primeira banda, aos 22 anos de idade. Nunca, nunca mesmo me senti tão bem... e olha que não tocava nada, no sentido pejorativo da coisa, mesmo. Mas fui feliz como nunca - aliás, feliz como sempre, pois pra mim não faz diferença se estou tocando ou apenas escutando, o efeito é o mesmo. Fisiológico mesmo, sabe. Meu coração dispara, a adrenalina sobe, serotonina liberada, sinto-me como se estivesse apaixonada. Você se lembra de quando era adolescente e até suava frio quando aquele garotinho que você gostava aparecia no corredor da escola? É tipo isso aí!
E shows ao vivo?!? Não existe nada melhor no mundo, na minha opinião. Sinto a vibração. Acho que assisti shows de TODAS as bandas de rock nacionais existentes na listagem do Cifraclub. Internacionais, algumas... sabe como é, nem sempre o orçamento colabora... no meu caso quase nunca. Comprei meu primeiro baixo de um conhecido, por sessenta reais. Era o que eu podia pagar. Estava malhadinho, mas me fez muito feliz. Não comprei o amplificador, pois não teria grana mesmo, sem chance. Violões: transitaram pela minha casa desde que eu tinha quinze anos, nos mais diversos modelos e condições, quase sempre emprestados por alguma alma caridosa (obrigada!).
Melhorar um pouquinho de vida me deu condições de comprar uns intrumentos melhores - parcelados em milhões de vezes, é claro, mas um conselho sábio que ouvi certo dia já dizia: quem não deve não tem. Outras bandas, outras pessoas, cada um foi único e contribuiu para meu amor pela música crescer cada vez mais.
E hoje meu coração está repleto de música, pois pra mim a música é isso: amor! Quando passo uma semana horrível, estressada e quase desistindo de ser feliz, a música me salva, de novo e de novo, do destino cruel. Fazendo música ou ouvindo música, me sinto muito mais eu. Esqueço do trabalho burocrático que faço, dos problemas familiares, da saúde zoada de cidadã de megalópole. Na música é que eu sou feliz.
Por isso é que não quero viver de música. Por que já sei que a música vive em mim. Como sempre foi. E será pelos séculos dos séculos. Amém.